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Novos tempos? Ou o tempo ainda é o mesmo?

Aos poucos as pessoas começam a se aventurar, viajar, passear, se abraçar, viver. Para mim, ainda tem algo que não se encaixa. Até ontem, devíamos nos cuidar, e agora não precisamos mais ter prudência, nem usar máscara, nem lavar as compras do mercado. Isso é um tanto estranho pra mim. Passados 6 meses de relativo isolamento, cuidados e introspecção, chegou a primavera e com ela "todos ficaram livres". Mas a vacina não está disponível ainda. Não há consenso sobre tratamento. Para que tanta "coragem" para deixar para lá uma pandemia que ainda não foi encerrada? Não sei, é muito estranho, muito mesmo… eu, cá no meu canto, vou aguardar um pouco mais… Saio claro, sempre que necessário, estou na Matrix, tenho que trabalhar, mas fico com os ensinamentos da história. A última pandemia durou 2 anos… se nada acontecer de novo com a ciência, nenhuma descoberta, então serão 2 anos. Mas a ciência avança, então pode ser que dure um pouco menos... Sigo tentando ter paciência.
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Voltando "ao normal"?

Poucos na quarentena, ou no tão conhecido isolamento social imposto pela pandemia, realmente ficaram isolados. Sem sair, sem fazer o que sempre fizeram... mas os que fizeram, tiveram uma grande oportunidade, de reflexão, de rever, repensar tudo a sua volta. Sempre envolvidos com o mercado global, às vezes esquecemos de olhar para dentro de nós e para as questões da nossa tão querida terra. Para mim, esse tempo, embora eu não tenha parado de trabalhar, pois tenho meu escritório na minha casa há muitos anos, o silêncio dos eventos sociais, as reuniões de família, os compromissos externos, as frequentes saídas para compras, favoreceram a reflexão e o silêncio. Inicialmente ficamos apreensivos, depois estressados, muitas vezes indignados que somente poucos cumpriam o distanciamento, que havia um inimigo que não conseguimos ver, que a ciência estava sendo ignorada...  Agora tudo voltando “ao normal”, depois de muitas famílias perderem pessoas queridas, negócios falidos, crianças dependentes

O seu discurso público condiz com sua ação na vida?

O seu discurso público condiz com sua ação na vida? Estamos vivendo dias de protestos, de pessoas se manifestando contra todo tipo de injustiça, de preconceito, de forma de pensar e agir não condizentes com a ética e os verdadeiros valores humanos. Daí vem a minha pergunta inicial, o quanto desse discurso público é real, é verdadeiro no agir? Pessoas defendem o fim racismo, mas em casa com os seus contam piadas de negros, outros defendes os direitos dos LGBT, mas não querem nem pensar possibilidade que algum membro da sua família possa ser homossexual. Vejo muitos homens hoje em dia também engajados no feminismo, nos direitos das mulheres, na igualdade de sexo. Mas na prática, continuam a tratar muitas mulheres como um pedaço de carne, apenas para satisfazer seu prazer sexual, não enxergam naquela menina desinibida nas redes sociais como uma garota que talvez não foi ensinada que nem sempre empoderar-se como mulher, significa tirar foto de biquíni fazendo beicinho. Sempre que eu

Desde que começou a quarentena

Desde que começou a quarentena uma sensação estranha está a invadir meu coração, meus pensamentos e sentimentos. É como se a vida tivesse ficado também suspensa, mesmo trabalhando, bem menos é verdade, fazendo cursos, tudo online e diversas atividades dentro da minha casa; os dias e as horas não seguem o mesmo ritmo, as vezes escorrem entre os dígitos do relógio e quando menos se espera já é tarde da noite, outros se arrastam e olho mais de uma vez para o relógio com a sensação que há uma hora atrás eu vi os ponteiros iguais, sim já fui até verificar se o relógio da sala estava com corda. E em todos os casos o sentimento é o mesmo, os dias estão estranhos. E entre conversas com pessoas amigas percebo que o sentimento é o mesmo, confesso que isso alivia um pouco, sinal que não estou sozinha nisso. Mas e para onde vão esses minutos, essas horas, as vezes dias, em que parece, não conseguimos fazer nada, uma sensação do nada, do vácuo? É como se estivéssemos suspensos no relógio do tem

O que desejo expressar ao mundo?

Pensando nisso, abre uma percepção de que vivemos uma época que todos estamos conectados e com direito de expressar suas verdades, vontades e ideias. Isso é algo fantástico, a se pensar que alguns anos atrás somente as pessoas ditas letradas e com acesso a veículos de circulação como jornais, revistas ou mesmo livros podiam transmitir para um numero maior de pessoas seus pensamentos e ponto de vista.  E nessa profusão de informações que circula diariamente, as vezes encontramos informações e textos que são verdadeiros achados, tesouros que nos trazem reflexões importantes, e também informações relevantes que a grande mídia, geralmente não tem interesse em publicar. Mas ao mesmo tempo cresceram as falsa informações, as inverdades e manifestações onde a ética e o respeito não fazem parte do conteúdo publicado. Nesse ínterim, cabe a nós leitores, independente do veículo de comunicação, separar o joio do trigo.  Sendo assim, aquilo que seria uma benesse para o mundo, as informações sendo

Dia Mundial do Livro

O livro é a companhia, é aprendizado, é emoção. Hoje em tempos de espera, é também um marcador, você é o que lê. Principalmente se pensarmos que, precisamos nos manter informados. Mas o quanto essas informações que encontramos ou recebemos são verdadeiras ou falsas? Nos velhos tempos de leituras de livros (e jornais), era fácil saber se o que tínhamos em mãos era ficção ou fatos reais. Estava lá, este livro foi baseado em fatos reais... e o autor, tinha o crédito da pesquisa do que estava escrevendo. Hoje as informações, muitas vezes em texto, são enviadas por redes sociais e não temos o autor, e se temos o autor, não averiguamos se é dele mesmo, pois não dá tempo, ou foi um amigo que enviou, ou porque na confusão de pensamentos aceitamos qualquer coisa que nos faça acreditar que estamos certos. Agora mais do que nunca, precisamos dos livros. Não para buscar informação para o que está acontecendo no mundo em tempo real, mas para aprendermos a criticar o que lemos. A crítica nã

Ficar em casa

Como deve ser bom ser músico. Não é nenhuma crítica, não, é admiração, inspiração, vontade profunda mesmo... Nestes dias difíceis em que temos que ficar à espera, sendo que a espera as vezes é por uma esperança, as vezes por algo terrível pois não sabemos o que vem pela frente, fico imaginando que se eu tivesse tido tempo para aprender um instrumento… poderia tocar… Mas agora temos o tempo. Mas os nervos estão tensos demais para ficarmos tentando um aprendizado difícil, principalmente para quem não tem o menor talento.  Tanta coisa passa pela cabeça, mas a verdade é que a música passa pelo coração. Mas eu não tenho vontade de ouvir música em geral, porque música traz lembranças… e hoje o que mais lembramos é de que tínhamos tudo e não soubemos ser humanos uns com os outros. Por isso precisamos ficar em casa para aprendemos a ser humanos com nós mesmos, com nosso núcleo familiar e então voltar a se abrir para o mundo e ser humano com o mundo. Tempos difíceis, mas necessári